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França

Contexto: Reinado do Rei Luiz XV. Frequentou a corte de Versalhes em diversos momentos, aproximando-se do rei por volta de 1757 e trabalhou em missões diplomáticas a serviço daquele país.

1743: Presenteou Madame de Pompaudour com uma bomboniere de esmalte preto, com tampa de ágata (quando em contato com o fogo, a cor do artefato mudava e revelava uma pintura com um motif de pastores).

1743: A Condessa de Adhemar conhece o Conde de Saint Germain nas cortes de Versalhes. Nas cortes era conhecido por seus mais diversos prodígios, entre os quais contam os seguintes: escrevia com maestria de próprio punho; distribuía perfumes que ele próprio fabricava; era exímio pintor; e as tintas que fabricava tinham cores vívidas, sendo seu processo de fabricação um segredo; reparava joias, e dizia-se que podia criar até mesmo diamantes; dominava com destreza diversos instrumentos, sendo virtuoso nos mesmos; criava tinturas únicas também para tecidos.

1757: O rei Luiz XV cedeu-lhe uma habitação no castelo de Chambourd, onde o Conde montou seu laboratório e reuniu-se com outros nobres curiosos para estudar física, química e alquimia. Entre aqueles nobres encontravam-se o Barão de Gleychen, Marques de Urfe e a Princesa de Anhalt-Zerbst, mãe de Catarina II.

1757: Quando Madame de Gersy lhe reencontrou, pensou ser ele o filho do Conde de Saint Germain que havia conhecido em 1710, em Veneza. Ele não havia envelhecido nem um ano sequer, e deveria ter uns 100 anos, segundo relata um diálogo entre a Madame e o Conde, citado pela publicação Touchard Lafosse, em Croniques de L’oeil de Breauf: “A Condessa de Gersy ficou estupefata. Segundo suas próprias palavras, lembrava de ter conhecido em Veneza, lá pelo ano de 1710, a um aristocrata estrangeiro, cuja semelhança com o Conde de Saint Germain era assombrosa, apesar de ter outro nome. Ela lhe perguntou se não seria seu pai ou outro familiar próximo.”

(…) “Não Madame”, respondeu o conde com grande calma, “perdi meu pai há muito tempo. Porém vivi em Veneza entre o final do século passado e o princípio deste. Por certo tive a honra de fazer a corte, e você pode encontrar algumas canções populares compostas por mim e que ambos costumávamos cantar juntos.”

(…) “Perdoe minha franqueza, mas isso não é possível. Aquele Conde de Saint Germain tinha então quarenta e cinco anos, e você tem essa idade agora.”

(…) “Madame”, respondeu o conde sorrindo, “eu sou muito velho.”

(…) “Mas de acordo com esse cálculo você tem agora cem anos. Isso não é possível.”

Então o conde enumerou para a Condessa uma infinidade de detalhes relacionados à estadia de ambos em Veneza. E se ela tivesse alguma dúvida, ela se ofereceu para lembrar-lhe certas circunstâncias, observações, etc.

(…) “Não, não!”, interrompeu apressadamente a embaixadora anciã, “você já me convenceu completamente; mas você é um diabo realmente extraordinário.”*

[*Fonte: “Conde de Saint Germain”, Isabel Cooper Oakley.]

1798: Encontra a Condessa de Adhemar; alerta sobre o Primeiro Ministro Maurepas; faz previsões sobre a queda dos Bourbons e sobre a Grande Revolução (sobre os eventos de 1799 em diante).

1804: A Condessa de Adhemar reencontra o Conde de Saint Germain

1813: Novo encontro entre o Conde de Saint Germain e a Condessa de Adhemar, às véspera do assassinato do Duque de Berry.

1820: Último encontro entre o Conde de Saint Germain e a Condessa de Adhemar.